terça-feira, 19 de outubro de 2010

Gaiolas e viveiros

Calopsitas podem ser criadas em gaiolões de 1,0 X 0,5 X 05 metros para um casal. Pode ser colocado um ninho de madeira do lado de fora ( com um tamanho aproximado de 20 X 20 cm de frente com entrada redonda e 35 cm de comprimento). Atualmente encontram-se à venda ninhos prontos para calopsitas. Porém muitas vezes eles não têm a qualidade ou atendem às nossas necessidades. Nestes casos devemos ou fabricá-los ou encomendá-los a quem os faça. Alguns criadores recomendam a instalação de 2 poleiros de diâmetros diferentes . Há aqueles que adotam poleiros que contém uma lixa fina na parte inferior do poleiro. Desta forma as unhas das aves são automaticamente 'lixadas', evitando problemas de excesso de comprimento. Algumas aves, porém, podem acabar tendo uma espécie de 'alergia' nas patas. Desta forma vale a pena observá-las quanto a isto. Nas limpezas das gaiolas nunca devemos esquecer de, também, limpar os poleiros.
Os gaiolões devem ser preferencialmente retangulares ( evite os de formato arredondado ) e de arame ( nunca de madeira - as calopsitas adoram roer madeira ) . Mesmo o arame deve ser visto como um item à parte de forma a facilitar sua limpeza. Deve-se optar por arames galvanizados ou, melhor ainda , os encapados que podem mais facilmente ser limpos ( embora saiam mais caro) . Estes gaiolões devem ser instalados em um quarto ou outra dependência ventilada sem, entretanto, ter correntes de ar. As correntes de ar, sobretudo em tempos mais frios, são um enorme problema para aves. Preferencialmente deve-se posicionar os gaiolões de forma a que possam receber o sol da manhã. A exposição ao sol é necessária para as aves da mesma forma que para os humanos. Caso os gaiolões acabem ficando muito tempo expostos ao sol ( problema sobretudo no verão ) é de bom senso fornecer anteparos que criem sombras e possam, assim, proteger as aves da exposição excessiva. O melhor a fazer é deixar a própria ave ter a opção de escolher a exposição que mais lhe convém. Não esquecer de fornecer bebedouros, comedouros e uma 'banheira' para as aves. Atentar para estas banheiras. Retirá-las o mais breve possível após o seu uso pois as aves podem vir a beber desta mesma água e ter problemas de saúde. Deixar espaço para fornecer as demais alimentações como milho, verduras, frutas, legumes, farinhada.
Viveiros podem ser criados tendo como padrão o tamanho de 3 X 1 X 2 metros para um casal. O viveiro pode ser composto de tijolos de barro rebocados ou blocos de cimento revestidos com argamassa ou placas de cimento. A cobertura pode ser efetuada com telhas de cerâmica preenchendo de 1/3 a 1/2 do teto. Deve ser dada atenção sobretudo à proteção dos comedouros, bebedouros e dos eventuais ninhos. A tela utilizada pode ser de 1/2 polegada e fio 18. O piso pode ser de concreto com ligeira queda e saída para escoamento das águas. Não devemos nos esquecer dos poleiros, vasilhas de barro ou louça e da destinação de uma para que possa ser utilizada como 'banheira' pelas aves ( vide o item acima dos gaiolões, o mesmo processo se aplica aqui). Algumas pessoas decidem trocar os poleiros convencionais por arbustos ou pequenas árvores, fornecendo um visual melhor e mais naturalidade para as aves. Nestes casos devemos conhecer a flora que estamos fornecendo para nos assegurarmos que não irá dar problemas com as aves. Lembre-se sempre que as aves bicam praticamente tudo). Da mesma forma que os gaiolões os viveiros devem ser dispostos de forma a receber o sol da manhã ( tendo os já comentados anteparos ) . Podemos proteger os viveiros dos ventos por paredes, quebra-ventos, cercas vivas. Em casos de necessidade pode-se instalar um revestimento de plástico resistente e retrátil. Mas atentar que as aves podem fazer um grande estrago neste revestimento. Daí a necessidade de ser retrátil e utilizar apenas quando necessário. Da mesma forma elas podem mesmo comer parte da parede ou mesmo do concreto (!). Isto é normal e não acarretará problemas a suas aves, apenas ao seu bolso .

Não nos devemos esquecer da higiene necessária ao ambiente em que as aves irão ficar. Devemos regularmente desinfetar gaiolas, ninhos, bebedouros, comedouros, tudo que se refere às aves. É aconselhável a limpeza utilizando produtos especialmente destinados a isto como, por exemplo, Kilol-L . Utilizar sempre os produtos que são facilmente degradáveis e que agredirão o mínimo possível suas aves. Uma intoxicação da ave por produtos químicos que normalmente usamos em casa podem ser fatais mesmo com um contato mínimo. Infelizmente isto nem sempre é adotado pelo criador. As aves acabam morrendo sem causa aparente e sem que o criador tenha a mínima noção do problema.

Não utilizar jornais nas forragens em gaiolas. Jornais são impregnados com chumbo e já tivemos notícias de diversos criadores que tiveram suas aves mortas por esta intoxicação. Utilizar papel pardo ou rosado em seu lugar. Ou então se utilizar das serragens que normalmente são vendidas em petshops. Além de representar um risco bem menor a serragem proporciona melhor absorção da umidade e, em consequência, acaba gerando menos odores ruins ao ambiente. Procure utilizar serragens de florestas replantadas, se possível. Atualmente o custo da compra de serragem em lugar de jornais acaba saindo mais em conta do que os próprios jornais.

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